terça-feira, 4 de junho de 2013
No dia do meu passamento duas cousas deverão ser cumpridas: minha mãe já deverá ter ido e eu deverei estar sóbrio.
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
Que sentimento é esse?
Que sentimento é esse que se apossa e me transforma
Que sentimento é esse que me consome e angustia
Que sentimento é esse que me aturde e desconsola
Que sentimento é esse que tira o meu sono
Que sentimento é esse que não me deixa acordar
Que sentimento é esse que atravessa meu corpo e ponteia agudo
Que sentimento é esse que aperta o peito
Que sentimento é esse que me engana, trapaceia
Que sentimento é esse que me mantém preso, enredado
Que sentimento é esse que enuvia meus pensamentos e ilude minhas vontades
Que sentimento é esse que me obriga a escrever
Que sentimento é esse que faz me humilhar
Que sentimento é esse que parece ser o ponto final
Que sentimento é esse que parece não ter fim
...
Seria Amor?
Não posso aceitar que seja amor
O amor é assim tão contraditório mas ele não busca o rancor
Ele liberta e busca o livramento
Não aceito o amor que maltrata,
destrói
Ele é aberto, sincero
Dadivoso, amigo, revolucionário
Inquieto, pleno, companheiro, altivo
Altruísta, benevolente, certo, alquímico, entusiasmado
Completo, complemento, acertivo, feliz, felicitante, mágico
O amor carrega o peso de quem ama sem impô-lo ao amado
O amor não impõe condições para sê-lo
O amor não pede retorno ou correspondência
Quem ama simplesmente o faz
Quem é amado simplesmente o é
...
Seria Paixão?
Sim, seria a mais tórrida paixão!
Não, não há possibilidade de ser!
Não acredito em uma palavra que colocar agora!
Duvido de tudo que me disser nesse momento!
Não me deixe aqui só!
Não posso ficar mais um minuto sem te ouvir!
O fogo que me consome me apraz!
Me altera!
Me faz maior!
Maior que a maior estrela no ponto mais distante do universo!
Menor que a mais insignificante das cabeças de agulhas!
Que a mais ínfima partícula subatômica!
Que todo o meu ser sendo cosmológico e fotônico
Agonia e Êxtase
Calor! Carne! Lascívia!
Não pode ser Paixão
...
Que sentimento é esse?
Que sentimento é esse...
sábado, 13 de novembro de 2010
Ilusão de ótica
Fiz a cirurgia de miopia para parar de usar óculos. Agora tenho outra percepção da vida, sem intermediário, mas isso não me ajudou. Acreditei que sem os óculos eu estaria mais feliz já que eu detesto usar óculos. A verdade é que a minha vista é embaçada... acredito que vou ter que usar óculos novamente... isso me entristece.
Retirar os óculos não foi a única barreira que puxei da minha percepção. De repente posso ter uma ligação imediata com o mundo exterior e o que vejo, na minha nova visão embaçada, é triste. Parei para melhor refletir as relações humanas e fiquei decepcionado. A visão imediata mostrou-me um mundo com poucas possibilidades uma vez que não suportamos aqueles que amamos. Estou numa agonia inquietante por saber que não há nada (ou quase) que eu possa fazer a respeito para mudar a situação.
A degeneração desta relação chegou a um ponto fulcral. Nenhum dos lados parece disposto a retroceder ou ceder mais. Cada vez que penso sobre isso meu peito dói e me cai uma lágrima imaginária pela face.
Frente a isso voltar a usar óculos ou outro aparato para mediar a visão já não é tão importante. Se acaso pudesse eu ter uma outra ótica sobre relacionamentos talvez me sentisse melhor. Agora acredito que não posso ver as coisas de outra forma.
Retirar os óculos não foi a única barreira que puxei da minha percepção. De repente posso ter uma ligação imediata com o mundo exterior e o que vejo, na minha nova visão embaçada, é triste. Parei para melhor refletir as relações humanas e fiquei decepcionado. A visão imediata mostrou-me um mundo com poucas possibilidades uma vez que não suportamos aqueles que amamos. Estou numa agonia inquietante por saber que não há nada (ou quase) que eu possa fazer a respeito para mudar a situação.
A degeneração desta relação chegou a um ponto fulcral. Nenhum dos lados parece disposto a retroceder ou ceder mais. Cada vez que penso sobre isso meu peito dói e me cai uma lágrima imaginária pela face.
Frente a isso voltar a usar óculos ou outro aparato para mediar a visão já não é tão importante. Se acaso pudesse eu ter uma outra ótica sobre relacionamentos talvez me sentisse melhor. Agora acredito que não posso ver as coisas de outra forma.
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
Reencontro
A vida tem às vezes aspecto de círculo. Por mais que nos movamos parece sempre que chegamos ao mesmo ponto. A minha idéia de vida passa por uma espiral. A diferença é que por mais que pareça estarmos no mesmo ponto na verdade estamos ligeiramente deslocados em relação a posição original. Engana-se quem, por isso, pensa que há uma evolução necessária nesse passo.
A idéia de evolução nos remete a uma transformação (para melhor) de algo que passou. A idéia de transformação para mim é válida. O melhor é discutível.
Não ficaria satisfeito em dizer que algo que passou é pior ou menos valorizado do que algo que temos agora. Isso entendo de forma mais simples. O que passou foi um momentum e o agora é o imediatismo (ausência de mediação) fático. Não é justo comparar o que se pode mediar pela palavra e ação com o que não se pode mediar.
Sim, imediato. Reativo. Irracional.
Os reencontros são assim. Não se pode esperar nada além uma vez que o momentum não irá se repetir. É injusto comparar situações e fazê-lo é igualmente maligno e malicioso.
Por fim é entender que a vida não é mole não... não acredito em segundas chances, mesmo porque tudo é novo num cenário diferente. Há uma outra vida e dela fazemos o que nos é dado a fazer.
Para concluir depois de vários dias sem nada escrever uma pequena poesia:
"(...)
Que fiz tantos planos
De me enganar
Como fiz enganos
De me encontrar
Como fiz estradas
De me perder
Fiz de tudo e nada
De te esquecer"
(Chico e Tom)
Beijos e Abraços!
A idéia de evolução nos remete a uma transformação (para melhor) de algo que passou. A idéia de transformação para mim é válida. O melhor é discutível.
Não ficaria satisfeito em dizer que algo que passou é pior ou menos valorizado do que algo que temos agora. Isso entendo de forma mais simples. O que passou foi um momentum e o agora é o imediatismo (ausência de mediação) fático. Não é justo comparar o que se pode mediar pela palavra e ação com o que não se pode mediar.
Sim, imediato. Reativo. Irracional.
Os reencontros são assim. Não se pode esperar nada além uma vez que o momentum não irá se repetir. É injusto comparar situações e fazê-lo é igualmente maligno e malicioso.
Por fim é entender que a vida não é mole não... não acredito em segundas chances, mesmo porque tudo é novo num cenário diferente. Há uma outra vida e dela fazemos o que nos é dado a fazer.
Para concluir depois de vários dias sem nada escrever uma pequena poesia:
"(...)
Que fiz tantos planos
De me enganar
Como fiz enganos
De me encontrar
Como fiz estradas
De me perder
Fiz de tudo e nada
De te esquecer"
(Chico e Tom)
Beijos e Abraços!
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
O regresso
Olá a todos!
Faz algum tempo que não escrevo nada neste blog... Fiquei um tempo "muito" ocupado com coisas sérias que na verdade não eram sérias e sim desculpas pra ficar me enganando, procurando um resultado onde não havia questão. Essas coisas ficam difíceis e mais difíceis com o tempo. A verdade disso é que busquei tão somente preencher uma existência sem significado. Na verdade não tenho porque buscar alterações ou razões para me justificar sobre minhas atitudes e sendo assim não passo de mais um ponto negro na escuridão.
Fim do embrógio. Que diferença faz o que eu faço por aqui? Simples questão existencial. Viadagem. Nesses últimos dias um turbilhão de sentimentos contraditórios me circundam e eu simplesmente não faço idéia de como tratá-los. Acredito nunca ter tido um momento mais confuso na minha vida. A idéia da desconstrução total pode melhor tentar entender o que posso estar passando. A minha razão pessoal não me diz mais nada, é como uma bússola desmagnetizada, só acredito no que sinto agora.
A metáfora que muito me apetece é do Peso e Leveza. Quem leu Kundera pode até me ajudar nesse sentido. O peso é ligado ao negativo, ao mal, ao ruim. O peso é a idéia de carregar um piano nas costas, as dores do parto, a prisão, a culpa, o desamor. A leveza segue o oposto: a liberdade, a paz, o amor, a vida, a alegria. Sendo assim é muito mais fácil escolher a leveza ao peso.
O peso é o carregar de uma vida a dois se privando de si próprio. É a abnegação em nome do outro. É o anular de si mesmo como se houvesse um pistão comprimindo a própria vida. Em outras palavras, é o que dá significado à vida.
A leveza não pode ser duradoura. A leveza carrega o fardo do peso contudo não deixa mais nada. A leveza deve estar presente sempre que o peso for demais opressivo, mas quando não é prontamente levada ela retirada o significado do próprio ser. Nós somos o que carregamos, nossa alma, vontade, orgulho, amor, pertences, virtudes, defeitos... esse é o nosso peso. A leveza deve existir para que o peso não nos afogue de assalto, mas quando a leveza se instala todo o nosso significado se vai. Nesse instante percebemos que essa leveza é insustentável, e que o peso deve regressar. Nesse instante percebemos a insustentável leveza do ser.
Apesar das várias vezes que li esse livro nunca o entendi desta forma. A vida necessita de peso para que seja plena, o peso em excesso nos obriga a um momento de leveza... para tornar a situação sustentável. Porém no momento em que sentimos a leveza sabemo-la insustentável, e voltamos ao peso.
A algum tempo me percebo assim. É um frio agoniante que persegue a espinha acabando num enjôo estomacal sem razão, por fim busco a materialidade do peso para ocupar esse vácuo que se instalou... nesse momento ele é insustentável. O seu preenchimento não pode ser outro, o amor.
Busco o trabalho, o exercício físico, a companhia dos amigos, os estudos... busco a tudo que não me concede um peso necessário para que possa tranquilamente compensar essa leveza. A verdade que o peso do amor é insuperável e perfeito para a inquietação da leveza insustentável. Sei disso porque amei.
Amo intensamente desde a vez que a vi e sem perceber tomei para mim aquele peso que completamente me supriu. Numa peça de títeres um boneco disse: "Uma vez eu entreguei o meu coração e deu certo, então a gente pensa que tem que fazer isso sempre, porque sempre pode dar certo." Ao ouvir essa declaração minha mente se aclareou sobre minha situação de profunda angústia, não provocada pelo peso mas sim pela leveza.
O mais louco disso é buscar a explicação sendo que tudo o que eu sinto se resume em poesia.
"O problema é que eu te amo
Não tenho dúvidas que com você daria certo
Juntos faríamos tantos planos
Com você o meu mundo ficaria completo"
O mais louco? O mais certo, meu mundo ficaria completo pelo amor, pelo peso do amor, pela dádiva do amor. Assim ele foi antes e voltará a ser.
Bem fora isso tudo vai bem no mundo do futebol. Os bancários estão em greve e eu sou delegado sindical.... esse último é só pra não esquecer porque eu comecei a escrever esse blog.
Faz algum tempo que não escrevo nada neste blog... Fiquei um tempo "muito" ocupado com coisas sérias que na verdade não eram sérias e sim desculpas pra ficar me enganando, procurando um resultado onde não havia questão. Essas coisas ficam difíceis e mais difíceis com o tempo. A verdade disso é que busquei tão somente preencher uma existência sem significado. Na verdade não tenho porque buscar alterações ou razões para me justificar sobre minhas atitudes e sendo assim não passo de mais um ponto negro na escuridão.
Fim do embrógio. Que diferença faz o que eu faço por aqui? Simples questão existencial. Viadagem. Nesses últimos dias um turbilhão de sentimentos contraditórios me circundam e eu simplesmente não faço idéia de como tratá-los. Acredito nunca ter tido um momento mais confuso na minha vida. A idéia da desconstrução total pode melhor tentar entender o que posso estar passando. A minha razão pessoal não me diz mais nada, é como uma bússola desmagnetizada, só acredito no que sinto agora.
A metáfora que muito me apetece é do Peso e Leveza. Quem leu Kundera pode até me ajudar nesse sentido. O peso é ligado ao negativo, ao mal, ao ruim. O peso é a idéia de carregar um piano nas costas, as dores do parto, a prisão, a culpa, o desamor. A leveza segue o oposto: a liberdade, a paz, o amor, a vida, a alegria. Sendo assim é muito mais fácil escolher a leveza ao peso.
O peso é o carregar de uma vida a dois se privando de si próprio. É a abnegação em nome do outro. É o anular de si mesmo como se houvesse um pistão comprimindo a própria vida. Em outras palavras, é o que dá significado à vida.
A leveza não pode ser duradoura. A leveza carrega o fardo do peso contudo não deixa mais nada. A leveza deve estar presente sempre que o peso for demais opressivo, mas quando não é prontamente levada ela retirada o significado do próprio ser. Nós somos o que carregamos, nossa alma, vontade, orgulho, amor, pertences, virtudes, defeitos... esse é o nosso peso. A leveza deve existir para que o peso não nos afogue de assalto, mas quando a leveza se instala todo o nosso significado se vai. Nesse instante percebemos que essa leveza é insustentável, e que o peso deve regressar. Nesse instante percebemos a insustentável leveza do ser.
Apesar das várias vezes que li esse livro nunca o entendi desta forma. A vida necessita de peso para que seja plena, o peso em excesso nos obriga a um momento de leveza... para tornar a situação sustentável. Porém no momento em que sentimos a leveza sabemo-la insustentável, e voltamos ao peso.
A algum tempo me percebo assim. É um frio agoniante que persegue a espinha acabando num enjôo estomacal sem razão, por fim busco a materialidade do peso para ocupar esse vácuo que se instalou... nesse momento ele é insustentável. O seu preenchimento não pode ser outro, o amor.
Busco o trabalho, o exercício físico, a companhia dos amigos, os estudos... busco a tudo que não me concede um peso necessário para que possa tranquilamente compensar essa leveza. A verdade que o peso do amor é insuperável e perfeito para a inquietação da leveza insustentável. Sei disso porque amei.
Amo intensamente desde a vez que a vi e sem perceber tomei para mim aquele peso que completamente me supriu. Numa peça de títeres um boneco disse: "Uma vez eu entreguei o meu coração e deu certo, então a gente pensa que tem que fazer isso sempre, porque sempre pode dar certo." Ao ouvir essa declaração minha mente se aclareou sobre minha situação de profunda angústia, não provocada pelo peso mas sim pela leveza.
O mais louco disso é buscar a explicação sendo que tudo o que eu sinto se resume em poesia.
"O problema é que eu te amo
Não tenho dúvidas que com você daria certo
Juntos faríamos tantos planos
Com você o meu mundo ficaria completo"
O mais louco? O mais certo, meu mundo ficaria completo pelo amor, pelo peso do amor, pela dádiva do amor. Assim ele foi antes e voltará a ser.
Bem fora isso tudo vai bem no mundo do futebol. Os bancários estão em greve e eu sou delegado sindical.... esse último é só pra não esquecer porque eu comecei a escrever esse blog.
quinta-feira, 5 de julho de 2007
Burrocracia
É incrível como todos esbarramos nas barreiras burocráticas do Estado brasileiro. É incrível como a tradição lusitana nos persegue. Sim, o Brasil trás na sua carga histórica colonial o vício da exarcerbação burocrática levada aos últimos sentidos.
A máquina burocrática torna-se um instrumento refinado para que aqueles com menos capacitação e educação formal fiquem excluídos do sistema. É triste observar como obstáculos se impõe a frente daquelas pessoas com menor poder aquisitivo e que não possuem um apadrinhamento. Na seqüência de crônicas sobre a vida bancária acredito que este será um tema transversal. Todos os dias me deparo com pessoas de todas as classes sociais, principalmente as mais pobres, que necessitam transpôr esse maquinário.
Estas são, sem sombra de dúvida, os mais prejudicados pelo sistema BURROcrático implantado pelos agentes sociais. Para qualquer membro da classe média, ou alta, com uma educação também média fica fácil compreender porque das fotocópias, porque da espera, porque da análise de cadastro... mesmo que não entenda, os valores discutidos não farão com que ele passe maior dificuldade (mesmo se tratando de valores maiores que da maioria da população do país) do que aqueles que dependem de qualquer valor pra poder comer e comprar remédios.
O sistema é perverso e estimula a perversidade. Os benefícios não funcionam e, na maior parte do tempo, as pessoas ficam desamparadas. Isto é errado.
E a razão disso tudo se dá porque dias para trás atendi um senhor de idade, quase cego e negro em dificuldades financeiras. Fui tomado por um susto quando eu vi que em uma de suas Carteiras de Trabalho constava que o primeiro trabalho com assinatura se tratava do ano de 1965. Este senhor possuía um certo valor razoável de Fundo de Garantia que eu ainda não consegui liberar por conta de entraves burocráticos. Um dos empregadores fez uma assinatura errada na CTPS (Carteira de Trabalho e Previdência Social) e eu não consigo provar que o dinheiro no Fundo de Garantia pertence a esse senhor.
A quantia é muito benvinda uma vez que vai ajudar a ele e a toda família dele e porque é dele por direito, porque ele trabalhou a vida inteira e agora deveria gozar de merecido descanso. Este Senhor é um herói cotidiano e ainda não encontrei uma forma de provar que ele pode pegar o dinheiro QUE É DELE!
O sistema BURROCRÁTICO é prova cabal que somente que tem o mínimo de condições pode gozar dos direitos garantidos pela nossa Constituição e pelas bases democráticas que deveriam representar a todos os brasilieiros. A BURROCRACIA governa.
Apesar de agrilhionado por este sistema tento levar esta questão aos superiores da empresa onde trabalho para que estes se sensibilizem. Tudo dentro do sistema burrocrático adotado como política de trabalho. Espero receber notícias em breve.
Enquanto isso sofro por nada mais poder fazer.
A máquina burocrática torna-se um instrumento refinado para que aqueles com menos capacitação e educação formal fiquem excluídos do sistema. É triste observar como obstáculos se impõe a frente daquelas pessoas com menor poder aquisitivo e que não possuem um apadrinhamento. Na seqüência de crônicas sobre a vida bancária acredito que este será um tema transversal. Todos os dias me deparo com pessoas de todas as classes sociais, principalmente as mais pobres, que necessitam transpôr esse maquinário.
Estas são, sem sombra de dúvida, os mais prejudicados pelo sistema BURROcrático implantado pelos agentes sociais. Para qualquer membro da classe média, ou alta, com uma educação também média fica fácil compreender porque das fotocópias, porque da espera, porque da análise de cadastro... mesmo que não entenda, os valores discutidos não farão com que ele passe maior dificuldade (mesmo se tratando de valores maiores que da maioria da população do país) do que aqueles que dependem de qualquer valor pra poder comer e comprar remédios.
O sistema é perverso e estimula a perversidade. Os benefícios não funcionam e, na maior parte do tempo, as pessoas ficam desamparadas. Isto é errado.
E a razão disso tudo se dá porque dias para trás atendi um senhor de idade, quase cego e negro em dificuldades financeiras. Fui tomado por um susto quando eu vi que em uma de suas Carteiras de Trabalho constava que o primeiro trabalho com assinatura se tratava do ano de 1965. Este senhor possuía um certo valor razoável de Fundo de Garantia que eu ainda não consegui liberar por conta de entraves burocráticos. Um dos empregadores fez uma assinatura errada na CTPS (Carteira de Trabalho e Previdência Social) e eu não consigo provar que o dinheiro no Fundo de Garantia pertence a esse senhor.
A quantia é muito benvinda uma vez que vai ajudar a ele e a toda família dele e porque é dele por direito, porque ele trabalhou a vida inteira e agora deveria gozar de merecido descanso. Este Senhor é um herói cotidiano e ainda não encontrei uma forma de provar que ele pode pegar o dinheiro QUE É DELE!
O sistema BURROCRÁTICO é prova cabal que somente que tem o mínimo de condições pode gozar dos direitos garantidos pela nossa Constituição e pelas bases democráticas que deveriam representar a todos os brasilieiros. A BURROCRACIA governa.
Apesar de agrilhionado por este sistema tento levar esta questão aos superiores da empresa onde trabalho para que estes se sensibilizem. Tudo dentro do sistema burrocrático adotado como política de trabalho. Espero receber notícias em breve.
Enquanto isso sofro por nada mais poder fazer.
segunda-feira, 18 de junho de 2007
Vida de Bancário
Ultimamente esta pensando na guinada que deu a minha vida.... comecei a trabalhar na Caixa Econômica e realemten isso deu um novo significado a expressão "Puta que pariu meu Pau!!!"!
A vida de "técnico bancário" (essa é a minha função no banco) é realmetne uma merda! Antes eu não tinha porque reclamar mas agora não falta assunto. Todo dia eu tenho uma pérola pra guardar aqui. Qual foi o dia que eu comecei nessa vida: 05/02/2007. tudo foi lindo na primeira semana. Semana de Integração.
A Semana de Integração foi como pode ser definido uma semana de informação. Recebemos informações sobre o que é o Banco, o que esperar sobre o trabalho, as vantagens de trabalhar, as vantagens de trabalhar num banco, as vantagens de trabalhar num banco estatal, etc. Sobre o serviço em si só mesmo quando a gente chegasse na unidade de trabalho. Ainda não vou entrar em detalhes sobre o Banco... isso fatalmente acontecerá futuramente... mas acreditem, nada do que eu disser aqui vai comprometer meu emprego. Enfim... disseram tudo menos o trabalho em si.
E o que encontro lá? Um banco. Pois é, um banco. A grande estranheza é que a minha formação é de professor. sim eu quero ser um professor e tão logo eu possa fazer isso de maneira segura eu continuarei trabalhando só pela grana. A grande estranheza é que nunca passaria pela minha cabeça trabalhar num banco.
Sou anarquista e ateu, logo anti-capitalista. Mas uma vez um tio meu me disse: "eu fui comunista até comprar meu primeiro carro." e minha namorada completou: "Marx não paga as minhas contas", mas meu trabalho no banco sim... esse paga. Voltando ao assunto: descobri o que eu ia fazer só quando eu cheguei no lugar onde eu iria de fato trabalhar... adeus semana de Integração...
Entrei pra trabalhar com a parte de Seguro Desemprego e FGTS. Atualmente estou mais com a parte de FGTS do que de Seguro mas não é uma constante. Atualmente quase que eu trabalho com os dois só (pelo menos é assim que eu me sinto). O trabalho é uma merda. Primeiro porque é atendimento ao público, segundo porque ninguém entende lhufas disso e terceiro porque é num banco.
Você já viu alguém satisfeito em ir ao banco? Agora eu sou, então, depósito de frustração. É o acúmulo de energia negativa, quase un dínamo de mal agouro. Isso tá acabando comigo.
Atender sobre um assunto que ninguém domina mas que todos querem ter razão é umas piores partes. Ninguém quer entender porque se deve tomar esse ou aquele procedimento apenas quer o problema resolvido, o que geralmente significa uma coisa que eu não posso fazer por falta de requisitos. Não se de quem é a culpa: se do governo que não explica como todos devem proceder com relação aos seus direitos (nos momentos de campanha eleitoral sempre lembram dos direitos conseguidos), se da CAIXA que não faz o mesmo nem se preocupa como fazer para que todos os atendidos possam buscar essas explicações ou do meu gerente (chefe imediato) que trabalha encima do que a empresa determina. Eu sei que quem se lasca sou eu e quem eu atendo.
Na maioria absoluta das vezes se houvesse um pouco mais de interesse das autoridades competentes em lançar programas de esclarecimento dos procedimentos bancários para a realização de atividades ligadas diretamente aos direitos de todos as filas em muito diminuiriam. Exemplos não faltam. Um que eu posso colocar é: quem tem direito a Seguro Desemprego? Como proceder pra adquirir esse direito?
Então eu e quem eu atendo diretamente é que se lasca. O atendido uma vez qeu ele não consegue o que almeja e a mim já que eu sou o alvo favorito pra descontar essas e outras frustrações...
No mais vou ficando por aqui por hoje...
A vida de "técnico bancário" (essa é a minha função no banco) é realmetne uma merda! Antes eu não tinha porque reclamar mas agora não falta assunto. Todo dia eu tenho uma pérola pra guardar aqui. Qual foi o dia que eu comecei nessa vida: 05/02/2007. tudo foi lindo na primeira semana. Semana de Integração.
A Semana de Integração foi como pode ser definido uma semana de informação. Recebemos informações sobre o que é o Banco, o que esperar sobre o trabalho, as vantagens de trabalhar, as vantagens de trabalhar num banco, as vantagens de trabalhar num banco estatal, etc. Sobre o serviço em si só mesmo quando a gente chegasse na unidade de trabalho. Ainda não vou entrar em detalhes sobre o Banco... isso fatalmente acontecerá futuramente... mas acreditem, nada do que eu disser aqui vai comprometer meu emprego. Enfim... disseram tudo menos o trabalho em si.
E o que encontro lá? Um banco. Pois é, um banco. A grande estranheza é que a minha formação é de professor. sim eu quero ser um professor e tão logo eu possa fazer isso de maneira segura eu continuarei trabalhando só pela grana. A grande estranheza é que nunca passaria pela minha cabeça trabalhar num banco.
Sou anarquista e ateu, logo anti-capitalista. Mas uma vez um tio meu me disse: "eu fui comunista até comprar meu primeiro carro." e minha namorada completou: "Marx não paga as minhas contas", mas meu trabalho no banco sim... esse paga. Voltando ao assunto: descobri o que eu ia fazer só quando eu cheguei no lugar onde eu iria de fato trabalhar... adeus semana de Integração...
Entrei pra trabalhar com a parte de Seguro Desemprego e FGTS. Atualmente estou mais com a parte de FGTS do que de Seguro mas não é uma constante. Atualmente quase que eu trabalho com os dois só (pelo menos é assim que eu me sinto). O trabalho é uma merda. Primeiro porque é atendimento ao público, segundo porque ninguém entende lhufas disso e terceiro porque é num banco.
Você já viu alguém satisfeito em ir ao banco? Agora eu sou, então, depósito de frustração. É o acúmulo de energia negativa, quase un dínamo de mal agouro. Isso tá acabando comigo.
Atender sobre um assunto que ninguém domina mas que todos querem ter razão é umas piores partes. Ninguém quer entender porque se deve tomar esse ou aquele procedimento apenas quer o problema resolvido, o que geralmente significa uma coisa que eu não posso fazer por falta de requisitos. Não se de quem é a culpa: se do governo que não explica como todos devem proceder com relação aos seus direitos (nos momentos de campanha eleitoral sempre lembram dos direitos conseguidos), se da CAIXA que não faz o mesmo nem se preocupa como fazer para que todos os atendidos possam buscar essas explicações ou do meu gerente (chefe imediato) que trabalha encima do que a empresa determina. Eu sei que quem se lasca sou eu e quem eu atendo.
Na maioria absoluta das vezes se houvesse um pouco mais de interesse das autoridades competentes em lançar programas de esclarecimento dos procedimentos bancários para a realização de atividades ligadas diretamente aos direitos de todos as filas em muito diminuiriam. Exemplos não faltam. Um que eu posso colocar é: quem tem direito a Seguro Desemprego? Como proceder pra adquirir esse direito?
Então eu e quem eu atendo diretamente é que se lasca. O atendido uma vez qeu ele não consegue o que almeja e a mim já que eu sou o alvo favorito pra descontar essas e outras frustrações...
No mais vou ficando por aqui por hoje...